quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

476 - MEYER - LEBLON - ACENOURADO



476 – MEYER – ACENOURADO
Hoje  foi dia de ir  ao dentista no Leblon,  e toada vez na  volta para casa, pego o ônibus na Afrânio de Melo Franco, 55 – Leblon

 

Sempre fico receios, pois faz parada neste ponto o Ônibus 476 – MEYER -Leblon, (sem preconceito) – MEYER e descer um bando de Pivete de cabelos “ACENOURADO” se é que você me entende. Sempre fico apreensivo. Mas sempre acho que é implicância, Hoje tive a confirmação que não é só implicância. Estava  eu  no ponto de ônibus, esperando o que  eu iria embarcar (que não era o 476), Es que para o 476 – MEYER- Leblon no ponto do Ônibus e desce dele um bando formado por 7 “ACENOURAOS” , dois passaram pela  minha frente e o restante do bando por trás de , o da minha frente faz  sinal para o restante  do bando e me cercaram , o ônibus (476  MEYER) esta parado com a porta dianteira aberta, eles meteram a mão no meu cordão arranhando meu pescoço para arrancar o cordão de ouro (verdadeiro – hehehe ) do meu pescoço, num ímpeto ((Sinônimos:  arrebatamento   anagogia   arroubo   encantamento   enlevo   entusiasmo   excitação   êxtase   focagem   furor   ímpeto   incandescência   ira   raiva   rapto   rompante   transporte   arremesso   acometida   acometimento   ameaça   arremetida   arrojo   assalto   assomos   ataque   investida   jacto   lançadura ) me joguei dentro do ônibus ( 476 – MEYER – ACENOURADO ), eles retornaram para dentro do ônibus ( 476 – MEYER – ACENOURADO) onde eu estava, o motorista  com fone de ouvido, não ouvia o pedido do Cobrador para fechar a porta dos fundos, num ímpeto ( lindo isso NE) , arranquei o fone de ouvido do Motorista do ônibus ( 476 –MEYER ACENOURADO) , e mandei-oele fechar a porta, os ACENOURADOAS , me mandarameu descer do ônibus.. lógico não desci, ( não sabia que o ônibus -476 MEYER ACENOURADO) seria o meu refugio naquele momento. Os  ACENOURADOS  ficaram irados, desceram do COLETIVO, tentando quebrar o vidro da porta da frente para entrar, atirando pedras, ( Gente, tudo isso por  minha causa ...). Enfim o ônibus ( 476- MEYER ACENOURADO) , deu a partida, esperei entrar em outra  rua, e puxei o sinal , por receio de eles os ACENOURADO cercar o ônibus , pois ele circular.Não tive  condições de  apanhar outro ônibus, pois  se entrasse  qualquer  ACENOURADO ( mesmo sendo inocente) eu iria gritar e dar um surto, ai eu seria preso por descriminação e Bulling., entrei em um taxi, coloquei a mão em meu pescoço pos estava  arranhado, para minha  surpresa o cordão de ouro (VERDADEIRO) estava em pescoço inteiro . Foi só o susto.
De acordo com o motorista do ônibus, que pediu para não ser identificado, os assaltos na linha são uma rotina no retorno da praia durante o verão.
Obs:
Em seguida, o grupo quebrou a porta de trás do coletivo, saiu e passou a assaltar pedestre..

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FOLIA DE REIS

FOLIA DE REIS
Depois de mundo tempo, esta  semana estava eu ,pela  manha, como um Lagarto tomando sol pela manha, pois acordei com dor  de dente, as 7 da manhã, e fui para o sol pois  a noite, fez um calor muito grande.Ao longe ouvi uma barulho de fanfarra, fuia até  ao portão, qual  a minha surpresa, vi uma  folia de reis, a muito tempo que  eu vão via. Na minha infancia ( meu Deus,  como faz tempo),quando  aparecia uma pelo bairro, nós crianças na   epoca, tinhamos  de sair  correndo para dentro de casa, pois falavam que eles(integrantes  do grupo) roubavam a s crianças  colocando dentro de sacos.
Ai que  saudades desses medos.
Mas vamos ao que interessa.
A folia pretende reproduzir a viagem dos Magos a Belém, ao encontro do Filho do Homem.
Os foliões partem à meia-noite, no Natal – quando os Magos
teriam recebido o misterioso aviso – e encerram a sua jornada no dia dos
Reis.
No Rio de Janeiro (RJ), estendem até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião.
Há, assim, duas fases da jornada. A primeira, a dos Reis, que
vai até o dia 6 de janeiro, assinala-se pela presença dos Magos na
bandeira, o estandarte da folia. A segunda, do sai 7 em diante, exige o
acréscimo de uma estampa de São Sebastião ao lado da dos Magos. Os
cânticos da folia são às vezes diversos em cada fase, aproveitando os
mestres, na primeira, os motivos bíblicos da Adoração, da Visita dos
Reis, da Fuga para o Egito etc., e na segunda, de acordo com a tradição
católica popular, tocada pelas concepções correntes nas macumbas
cariocas, os padecimentos de São Sebastião.
A folia apregoa o nascimento de Cristo e, teoricamente,
dirige-se a Belém, para adorar o Menino, mas os soldados de Herodes – os
palhaços – tentam desviá-la do caminho apontado pela Estrela do
Oriente.
Parece que, no interior, a folia passava todo o tempo da jornada
pelas estradas, cantando e folgando em casas amigas, em constante
peregrinação. Na região estudada, Estado do Rio, porém, as folias saem
apenas aos sábados, domingos e feriados, comparecendo os foliões,
normalmente, ao trabalho, nos demais dias do período.”
Trecho do livro FOLIA DE REIS, de Zaíde Maciel de Castro e Aracy do Prado Couto,
da coleção “Cadernos de Folclore”, editado pelo Ministério da Educação e
Cultura e pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) – 1977.

O reisado foi introduzido no
Brasil-Colônia pelos portugueses no século XIX. É um espetáculo popular
das festas de Natal e Reis, cuja ribalta é a praça pública, a rua, mas,
às vezes, pode ser apresentado em residências.
Folia de Reis, ou Reisado, ou ainda Terno-de-Reis, constitui um
dos mais originais folguedos folclóricos. É uma folia conhecida em Minas
Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, No
interior é uma dança do período natalino em comemoração ao nascimento do
Menino Jesus e dos Reis Magos Gaspar, Melchior e Baltazar, que levaram
ouro, incenso e mira, que representam as três dimensões de Cristo
(realeza, divindade e humanidade).
Esta festa tem origem primária na Festa do Sol Invencível,
comemorada pelps romanos e, depois, adotada pelos egípcios. A festa
romana era comemorada no dia 25 de dezembro (calendário gregoriano) e a
egípcia em 6 de janeiro. No século III ficou estabelecido que no dia 25
de dezembro se festejaria o nascimento de Cristo e, em 6 de janeiro, o
dia dos Reis.
A característica principal do reisado está no uso de muitos
adereços, tajes com cores quentes e chapéus ricamente enfeitados com
fitas coloridas e espelhinhos.
O reisado é composto de 4 a 6 mascarados que dão vida,
hilaridade e rebuliço à brincadeira. Eles também devem proteger o Menino
Jesus e confundir os soldados de Herodes. Acrobatas e declamadores,
representam os soldados perseguidores do Menino. O reisado tem ainda:
rei, mestre-sala, alferes, a burrinha, o boi, o Jaraquá, a arara, o
caipora, a ema, etc. Muitos outros personagens podem aparecer,
dependendo da região em que esta festa é realizada. Todos acompanham uma
bandeira, estandarte da folia, um quadrado de madeira com a Adoração
dos Magos, ornamentada com flores e espelhos, carregada pelo alferes.
Uma orquestra de violas, banjos, violões, zabumba, triângulo,
pandeiros, maracás e sanfonas pulsam na regularidade de um organismo.
Seus acordes servem de orientação as vozes e ordenam a evolução do
espetáculo. O tempo da toada é circular, um convite ao desprendimento
mundano e a busca de uma aliança com o divino. A paleta acorda o
cavaquinho para ressoar um som que deve agradar o ouvido dos santos. A
história narrada por intermédio de cantos são contadas por um solista e
um corro responde a ele uníssono por repetidas vezes. Os cânticos de
chegada e de despedida, são os mais belos da música folclórica
nordestina:
"Bateu asa e canto o galo
Meia-noite deu sinal
Acendeu mais ume vela
Hoje é noite da natal
etc.
Boa-noite, boa-noite
Boa-noite eu lhe desejo
Sou filho do Padre Eterno
Devoto da Mãe da Deus
Vinte e cinco de dezembro
Reza-se e ladainha
Pra tomar café com bolo
E comer arroz com galinha".

Todos os integrantes da Folia de
Reis, interpretam e contam suas histórias, tanto serpenteando as
estradas no interior, como as praças urbanas. Esta é uma expressão
máxima de religiosidade e devoção.
O bando de foliões ainda, na região rural, batem de porta em porta
brindando os amigos com sua energia e contagiante alegria, além do
espetáculo, é claro, que se constitui de uma peça teatral cantada, com
entremeios cômicos. Depois, os integrantes do reisado, em uma onda
desordenada, vão espraiando-se pelas ruas. Na desordem deste delirante
entusiasmo, vislumbra-se uma alegria carnavalesca. É um espetáculo
excitante!
GERENTE – Porta-voz e administrador da Companhia . Autoridade máxima ,
se responsabiliza pelo dinheiro arrecadado e presta contas do mesmo .
Pode ou não pertencer ao elemento coreográfico e musical da Folia .
MESTRE OU EMBAIXADOR (COM VIOLA)- É o cantador dos versos . Cantam a
história bíblica da visita dos Reis Magos à Gruta de Belém .
BANDEREIRO (ALFERES) – É aquele que leva a bandeira . Existe o titular ,
pois qualquer pessoa pode , eventualmente , exercer a função cumprindo
uma promessa ou devoção . A bandeira é o ícone da Fé dos foliões . O
bandereiro encabeça o cortejo e ninguém deverá ultrapassa-lo . Ele é a
autoridade espiritual e sempre é uma pessoa muito respeitada na
comunidade .
DOIS PALHAÇOS – São os guarda da Companhia As suas momices e caricaturas
têm a intenção representativa de desviar a atenção dos soldados do rei
Herodes da pessoa do Menino Jesus. Movimenta-se livremente , porém nunca
deverá passar a linha do bandereiro .
Joaquim Neves explica a presença dos palhaços na Folia de Reis: "Quando
os Reis viram e estrela, já estava anunciando que quando aparecesse a
estrela seria o nascimento de Cristo, então eles foram à procura do Rei
Messias. Chegando na Judéia foram encontrar com Herodes, a estrela
desapareceu. Conversando com Herodes, e perguntaram sobre o Menino, mas
ele disse que não sabia, que se achassem o Menino, que o avisassem que
ele iria visitá-lo. E para os Reis serem salvaguardados, mandou dois
soldados junto. Mas os soldados (era para matarem o Menino) não viram
nada, porque a estrela desapareceu. Depois, os Reis já guiados pelo anjo
resolveram voltar por outro caminho, e daí os soldados perceberam que
se voltassem para Herodes sem ter encontrado o Menino iam ser degolados;
então, viram que era melhor ir junto com os Reis, e seguiram com eles,
acreditando também em Jesus."
A presença dos palhaços portanto, tem fundo religioso, a conversão dos
soldados de Herodes, o que aliás é comum nas Folias de Reis de outras
regiões; entretanto, a despeito da conscientização do aspecto religioso,
sua participação na maioria das vezes é humorística ou pelo menos
alegre. E
Joaquim Neves acrescenta: "O palhaço é um pidão por excelência. Quando o
grupo chega numa casa, já vão os palhaços pedindo tudo: uma abóbora que
está guardada num canto, fósforos, réstia de alho, uma galinha…O dono
da casa, que não vai muito na lábia deles, em troca e também como
condição para atender os pedidos, pode exigir que os dois façam alguma
coisa, por exemplo, uma briga entre gato e cachorro, e assim começa o
divertimento dos palhaços. Em geral, os palhaços sabem cantar versos
humorísticos, chamados décimas."
Quanto ao Mestre ou Embaixador, tem origem no fato de que a primeira
parte de algumas cantorias é ele quem faz, em solo, sendo esses versos
iniciais chamados de "embaixada". Depois dessa inicial, "puxada" pelo
embaixador, o restante da cantoria é feito pelo contra-mestre e os
demais participantes (excetuando-se os que têm função apenas
instrumental), e a isso se diz "responder", completando assim a estrofe.
No final de cada estrofe, há um canto prolongado, feito pelo "quinta
voz" (que pode ser um menino, de voz aguda).