quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Preconceito Infantil



Preconceito Infantil
 
"Estou comendo o Luís, estou comendo o Luís!" O pequeno Luís*, de cinco anos, ouvia a frase todas as vezes em que um coleguinha se deliciava com um chocolate. Negro, o garoto era associado à guloseima. Não bastasse a piada sem graça, Luís era rejeitado pelos grupinhos de sua classe. Na hora das brincadeiras, não era chamado pela turma e ficava sozinho em um canto. O caso aconteceu em um colégio de Campo Grande (MS).
Na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, Juliana*, hoje com dez anos, desde pequena implica quando sua babá, obesa, senta em sua cama. "Tira essa bunda gorda daí." Ela também não perdoa o fato de a moça, que trabalha na casa desde que a menina nasceu, dizer algumas palavras erradas. "Não é 'questã', é 'questão'." A babá tenta contemporizar: "É que eu me esqueço". Juliana não se comove: "Não, é que você é burra".
É mais comum do que se pensa. Crianças, mesmo as mais novas, demonstram preconceito e dificuldade para aceitar as diferenças. Além do racismo, é vítima comum da sinceridade cruel da meninada qualquer um que apresente uma característica "estranha" ao seu mundo, como gordinhos ("baleia" e "saco de areia"), os que usam óculos ("quatro-olhos") e os baixinhos ("tampinhas"). Sem falar de portadores de deficiência, gagos, tímidos etc. etc.
Nos Estados Unidos, o preconceito na infância mobiliza pesquisadores e é tema de inúmeras pesquisas. No Brasil, é raro um estudo voltado à intolerância entre os pequenos, apesar de casos como o de Luís e de Juliana serem freqüentes, segundo pais, psicólogos, pediatras e professores entrevistados pela Revista.
Calcula-se que até os seis anos de idade quase metade das crianças já teve atitudes preconceituosas, de acordo com a Anti-Defamation League (liga antidifamação), organização sem fins lucrativos dos EUA.
A pedagoga Lucimar Rosa Dias -ligada a uma ONG que combate o racismo nas escolas e foi chamada a desenvolver um trabalho com a turma de Luís- ouviu de crianças em idade pré-escolar, ou seja, de até cinco anos, construções como "preto é feio", "preto tem sangue diferente", "negro é sujo", "cabelo bombril" e "cabelo assolan".
É assustador o repertório racista de meninos e meninas de seis a nove anos observados pela socióloga Rita Fazzi, na pesquisa que realizou para seu doutorado. Na hora da briga, crianças são capazes de xingar colegas de "carvão", "macaco", "tição", "branquelo" e "leite azedo".
Professora da PUC de Minas Gerais, Rita pesquisou crianças em escolas públicas de bairros de diferentes classes sociais em Belo Horizonte e transformou sua tese no livro "O Drama Racial de Crianças Brasileiras" (editora Autêntica), que mostra que o racismo se manifesta freqüentemente no ambiente escolar.
A questão que mobiliza pais e professores é: como aqueles a quem costumamos encarar como anjinhos sem maldade podem de repente usar termos tão monstruosos? Por que o preconceito aparece mesmo quando pais e mães não são preconceituosos?
É o caso da dona-de-casa Marina*, 26. Seu filho, Gustavo*, não tinha nem três anos quando saiu com esta: "Mãe, por que o Henrique é preto? Eu posso brincar com ele?"
Ele estava diante de seu primo, que tem a mesma idade e é negro. Marina, seu marido e o filho são morenos. Além de ter parentes negros, Gustavo mora em Arthur Alvim, bairro da periferia da zona leste de São Paulo, e convive com toda a riqueza da miscigenação brasileira.
"Eu e meu marido não temos preconceito, e o Gustavo sempre se relacionou com negros. Não sei por que teve essa dúvida. Na hora, respondi: 'Claro que você pode brincar com ele. As pessoas, independentemente da cor, são boas'", diz Marina.

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Como aqueles a quem costumamos encarar como anjinhos sem maldade
podem de repente usar termos tão monstruosos? Por que o preconceito
aparece mesmo quando pais e mães não são preconceituosos?
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De onde veio isso?
Estudos apontam que as crianças adquirem consciência das diferenças raciais, em média, dos três aos cinco anos, e, com o tempo, passam a atribuir julgamentos aos diferentes grupos, com base na observação do meio em que vivem.

Portanto, é provável que qualquer pai passe por situações semelhantes à enfrentada pela mãe de Gustavo. E, não raro, será um momento de saia justa, uma vez que, quanto mais nova a criança, maior a dificuldade de contê-la. "Ela ainda não tem maturidade para saber o que é adequado ou não. Isso irá se firmar com o passar dos anos e, por volta da adolescência, ela será mais capaz de controlar o que deve ou não dizer e fazer. A espontaneidade infantil existe para o bem e para o mal", diz o psiquiatra Fernando Ramos, do Rio de Janeiro, membro do Departamento de Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Ele e outros estudiosos defendem a idéia de que o preconceito é sempre aprendido, dentro ou fora da família. Pode ser na escola, na vizinhança, na televisão. Por isso, ainda que os pais não sejam -ou não se vejam como- preconceituosos, seus filhos podem surpreendê-los com ofensas e xingamentos a alguém que apresente alguma diferença. "É normal que, de forma crescente, a criança seja influenciada por outras relações sociais que não a família. Pode ser que tenha pais abertos, mas absorva o preconceito de colegas na escola, filhos de pais preconceituosos. A gente vive em um mundo onde o preconceito ainda domina", aponta Ramos.
Um prédio de classe média da Vila Mariana (zona sul de São Paulo) foi palco de um típico caso em que as crianças foram influenciadas pelo preconceito dos adultos. Letícia*, dez anos, filha de uma lésbica, foi morar no apartamento da namorada da mãe nesse edifício. Boa parte dos vizinhos proibiu seus filhos de brincar com ela, e alguns chegaram a determinar às crianças que nem cumprimentassem a garota. Resultado: Letícia fica isolada e é chamada de sapatão pelo grupinho. A consultora de RH Rosa*, 54, é uma das poucas que deixam a filha, Luana, de dez anos, brincar com Letícia. "Não acho certo a menina ser isolada só porque é filha de uma lésbica."
Juliana, a garota que xinga a babá de "burra" quando ela diz algo errado, encontra eco na mãe, a pedagoga Fátima*, 38. "Por um lado, é até melhor ela corrigir do que a gente ter de fazer isso, né? Mas eu digo para ela que tem de respeitar as diferenças."
Às vezes, a pureza infantil consegue persistir apesar do preconceito dos pais, como é o caso de Luísa*, 7, que é branca e tem como melhor amiga Tainá*, negra. "A amiguinha dela tem um 'tom de pele diferente' [esfrega os dedos da mão na pele do braço]. Eu fico meio assim, sei lá [franze o nariz], achando que os pais dela podem ter idéias diferentes das minhas. Mas a Luísa não tem problemas com a Tainá", afirma a funcionária pública Márcia*, 41, moradora da Aclimação, bairro de classe média alta de São Paulo. Luísa diz à Revista que a amiga é "bonita e legal". "Viu?!", intervém a mãe.
O preconceito pode ser transmitido de forma sutil, como lembra o pediatra de Porto Alegre Ricardo Halpern, presidente do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Mãe e filha estão de mãos dadas, por exemplo, e, ao cruzarem um homem negro, a mão da criança é apertada com um pouco mais de força. Outra situação: pai ou mãe se encontram com uma pessoa branca e outra negra. Beijam a primeira e não a segunda. É o suficiente para que a antena parabólica da criança capte os sinais."
Fora isso, não passa despercebido pelas crianças o fato de negros normalmente ocuparem profissões subvalorizadas, de as bonecas mais badaladas e as princesas dos contos de fada serem loiras e de olhos azuis e de todas as modelos famosas serem magérrimas.
Parte natural do crescimento
Mas não é unânime a idéia de que o preconceito na infância esteja necessária e exclusivamente ligado a um exemplo negativo dentro ou fora de casa. Uma linha da psicanálise (kleiniana) relaciona atitudes preconceituosas nos pequenos com estruturas emocionais inatas, como o medo, a agressividade e a incapacidade de elaborar um conceito. O preconceito é visto como parte do crescimento e só irá permanecer se encontrar eco no universo da criança. Numa elaboração mais filosófica, o preconceito na sociedade poderia ser considerado algo infantil, como se fosse uma criança não trabalhada.

"A criança pequena está inundada por novos estímulos e sensações que desconhece. Vive momentos de angústia e pode colocar isso para fora com um xingamento ou um palavrão, que escutou de um adulto. Seu mundo interno é formado por idas e vindas, e a personalidade vai se formando", explica a psicanalista infantil Anne Lise Silveira Scappaticci, pesquisadora da Unifesp.
Segundo ela, uma atitude preconceituosa na infância também pode estar ligada à descoberta dos limites. "Quando uma criança de três, quatro anos diz que a babá é preta e feia, ela também quer ver a reação dos pais e da própria babá. É um teste de limites, uma busca para saber o que é certo e errado."
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Calcula-se que até os seis anos de idade quase metade
das crianças já teve atitudes preconceituosas, de acordo
com a Anti-Defamation League (liga antidifamação), dos EUA
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Como agir?
Como tudo relacionado à educação dos filhos, não há uma receita pronta para pais que enfrentam uma situação de preconceito com suas crianças, sendo elas vítimas ou agressoras.

Muitas vezes, um incidente presenciado pelos pais ou professores é só a ponta do iceberg. Diante da complexidade do assunto, é preciso tentar entender ao máximo o que se passa na cabecinha dos filhos. "Partir direto para uma censura forte pode não ser a solução, porque a criança se intimida, e os pais não conseguirão saber o que ela está pensando. É importante chamar para uma conversa e investigar que questões a levaram a ofender a outra pessoa. Deve-se olhar o fato de forma ampla", sugere o psiquiatra infantil Fernando Ramos.
Foi o que fizeram educadores de duas escolas de São Paulo, em que alunos sofriam em razão do preconceito. No Santo Américo, no Morumbi (zona sul de SP), onde a mensalidade gira em torno de R$ 2.000, Lucas*, 11, chegou chorando à sala do coordenador pedagógico, Cesar Pazinatto. Gordinho, contou que não havia sido escolhido pelos colegas para nenhuma equipe que disputaria as olimpíadas da escola. Segundo Pazinatto, o remédio não era o que parece óbvio: dar uma dura na turma por preconceito contra a obesidade. "Na defensiva, o Lucas acaba muitas vezes sendo agressivo com os colegas. Portanto, disse a ele que, claro, os meninos não estavam certos e que eu iria chamá-los para conversar, mas que deveríamos aproveitar para refletir sobre sua agressividade com os demais."
Na EMEF Chiquinha Rodrigues, escola municipal do Campo Belo (zona sul de SP), a mãe de uma aluna chegou chorando na sala da diretora Márcia Quintino Costa. Ex-presidiária por tráfico de drogas, ela passou a recolher papelão com uma carroça e reclamava que os colegas da filha, Gabriela*, 9, caçoavam da menina, chamando-a de carroceira. Depois de uma análise do caso, chegou-se à conclusão de que a própria menina se sentia incomodada com a nova função da mãe, até porque era obrigada a trabalhar com ela. Nesse caso, a solução também não se resumia a puxar a orelha da classe.
"Bullying"
Muitas escolas hoje, a exemplo do Santo Américo, debatem com os alunos a questão do "bullying", prática repetitiva de preconceito contra uma determinada criança. "É preciso estar muito atento porque, muitas vezes, os xingamentos são velados e acontecem longe dos olhos dos educadores. Isso sem falar do 'bullying' praticado em sites de relacionamento, como o Orkut", lembra o coordenador pedagógico Cesar Pazinatto.

O preconceito entre crianças tem um forte potencial destrutivo para as vítimas, e pais e professores devem agir, segundo o pediatra Halpern. "As crianças podem se sentir segregadas, ter seus potenciais reduzidos e sérios problemas de auto-estima. A omissão de pais e professores pode reforçar o preconceito no grupo", acredita Halpern.
E nem sempre as vítimas chegarão em casa chorando e contando aos pais de que forma foram ofendidas. "Diante de uma intimidação, elas podem se calar. Por isso, os pais devem estar atentos a alterações emocionais e de comportamento", diz o psiquiatra Fernando Ramos.
Com os ofensores, é bom ser compreensivo, o que não significa permissivo, conforme ressalta a psicanalista Anne Lise Scappaticci. "Compreender não quer dizer deixar para lá, mas acolher aquela angústia e ensinar a criança a pensar sobre aquilo." E, que fique claro: mandar pedir desculpas nunca é demais.
"Estou comendo o Luís, estou comendo o Luís!" O pequeno Luís*, de cinco anos, ouvia a frase todas as vezes em que um coleguinha se deliciava com um chocolate. Negro, o garoto era associado à guloseima. Não bastasse a piada sem graça, Luís era rejeitado pelos grupinhos de sua classe. Na hora das brincadeiras, não era chamado pela turma e ficava sozinho em um canto. O caso aconteceu em um colégio de Campo Grande (MS).
Na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, Juliana*, hoje com dez anos, desde pequena implica quando sua babá, obesa, senta em sua cama. "Tira essa bunda gorda daí." Ela também não perdoa o fato de a moça, que trabalha na casa desde que a menina nasceu, dizer algumas palavras erradas. "Não é 'questã', é 'questão'." A babá tenta contemporizar: "É que eu me esqueço". Juliana não se comove: "Não, é que você é burra".
É mais comum do que se pensa. Crianças, mesmo as mais novas, demonstram preconceito e dificuldade para aceitar as diferenças. Além do racismo, é vítima comum da sinceridade cruel da meninada qualquer um que apresente uma característica "estranha" ao seu mundo, como gordinhos ("baleia" e "saco de areia"), os que usam óculos ("quatro-olhos") e os baixinhos ("tampinhas"). Sem falar de portadores de deficiência, gagos, tímidos etc. etc.
Nos Estados Unidos, o preconceito na infância mobiliza pesquisadores e é tema de inúmeras pesquisas. No Brasil, é raro um estudo voltado à intolerância entre os pequenos, apesar de casos como o de Luís e de Juliana serem freqüentes, segundo pais, psicólogos, pediatras e professores entrevistados pela Revista.
Calcula-se que até os seis anos de idade quase metade das crianças já teve atitudes preconceituosas, de acordo com a Anti-Defamation League (liga antidifamação), organização sem fins lucrativos dos EUA.
A pedagoga Lucimar Rosa Dias -ligada a uma ONG que combate o racismo nas escolas e foi chamada a desenvolver um trabalho com a turma de Luís- ouviu de crianças em idade pré-escolar, ou seja, de até cinco anos, construções como "preto é feio", "preto tem sangue diferente", "negro é sujo", "cabelo bombril" e "cabelo assolan".
É assustador o repertório racista de meninos e meninas de seis a nove anos observados pela socióloga Rita Fazzi, na pesquisa que realizou para seu doutorado. Na hora da briga, crianças são capazes de xingar colegas de "carvão", "macaco", "tição", "branquelo" e "leite azedo".
Professora da PUC de Minas Gerais, Rita pesquisou crianças em escolas públicas de bairros de diferentes classes sociais em Belo Horizonte e transformou sua tese no livro "O Drama Racial de Crianças Brasileiras" (editora Autêntica), que mostra que o racismo se manifesta freqüentemente no ambiente escolar.
A questão que mobiliza pais e professores é: como aqueles a quem costumamos encarar como anjinhos sem maldade podem de repente usar termos tão monstruosos? Por que o preconceito aparece mesmo quando pais e mães não são preconceituosos?
É o caso da dona-de-casa Marina*, 26. Seu filho, Gustavo*, não tinha nem três anos quando saiu com esta: "Mãe, por que o Henrique é preto? Eu posso brincar com ele?"
Ele estava diante de seu primo, que tem a mesma idade e é negro. Marina, seu marido e o filho são morenos. Além de ter parentes negros, Gustavo mora em Arthur Alvim, bairro da periferia da zona leste de São Paulo, e convive com toda a riqueza da miscigenação brasileira.
"Eu e meu marido não temos preconceito, e o Gustavo sempre se relacionou com negros. Não sei por que teve essa dúvida. Na hora, respondi: 'Claro que você pode brincar com ele. As pessoas, independentemente da cor, são boas'", diz Marina.

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Como aqueles a quem costumamos encarar como anjinhos sem maldade
podem de repente usar termos tão monstruosos? Por que o preconceito
aparece mesmo quando pais e mães não são preconceituosos?
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De onde veio isso?
Estudos apontam que as crianças adquirem consciência das diferenças raciais, em média, dos três aos cinco anos, e, com o tempo, passam a atribuir julgamentos aos diferentes grupos, com base na observação do meio em que vivem.

Portanto, é provável que qualquer pai passe por situações semelhantes à enfrentada pela mãe de Gustavo. E, não raro, será um momento de saia justa, uma vez que, quanto mais nova a criança, maior a dificuldade de contê-la. "Ela ainda não tem maturidade para saber o que é adequado ou não. Isso irá se firmar com o passar dos anos e, por volta da adolescência, ela será mais capaz de controlar o que deve ou não dizer e fazer. A espontaneidade infantil existe para o bem e para o mal", diz o psiquiatra Fernando Ramos, do Rio de Janeiro, membro do Departamento de Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Ele e outros estudiosos defendem a idéia de que o preconceito é sempre aprendido, dentro ou fora da família. Pode ser na escola, na vizinhança, na televisão. Por isso, ainda que os pais não sejam -ou não se vejam como- preconceituosos, seus filhos podem surpreendê-los com ofensas e xingamentos a alguém que apresente alguma diferença. "É normal que, de forma crescente, a criança seja influenciada por outras relações sociais que não a família. Pode ser que tenha pais abertos, mas absorva o preconceito de colegas na escola, filhos de pais preconceituosos. A gente vive em um mundo onde o preconceito ainda domina", aponta Ramos.
Um prédio de classe média da Vila Mariana (zona sul de São Paulo) foi palco de um típico caso em que as crianças foram influenciadas pelo preconceito dos adultos. Letícia*, dez anos, filha de uma lésbica, foi morar no apartamento da namorada da mãe nesse edifício. Boa parte dos vizinhos proibiu seus filhos de brincar com ela, e alguns chegaram a determinar às crianças que nem cumprimentassem a garota. Resultado: Letícia fica isolada e é chamada de sapatão pelo grupinho. A consultora de RH Rosa*, 54, é uma das poucas que deixam a filha, Luana, de dez anos, brincar com Letícia. "Não acho certo a menina ser isolada só porque é filha de uma lésbica."
Juliana, a garota que xinga a babá de "burra" quando ela diz algo errado, encontra eco na mãe, a pedagoga Fátima*, 38. "Por um lado, é até melhor ela corrigir do que a gente ter de fazer isso, né? Mas eu digo para ela que tem de respeitar as diferenças."
Às vezes, a pureza infantil consegue persistir apesar do preconceito dos pais, como é o caso de Luísa*, 7, que é branca e tem como melhor amiga Tainá*, negra. "A amiguinha dela tem um 'tom de pele diferente' [esfrega os dedos da mão na pele do braço]. Eu fico meio assim, sei lá [franze o nariz], achando que os pais dela podem ter idéias diferentes das minhas. Mas a Luísa não tem problemas com a Tainá", afirma a funcionária pública Márcia*, 41, moradora da Aclimação, bairro de classe média alta de São Paulo. Luísa diz à Revista que a amiga é "bonita e legal". "Viu?!", intervém a mãe.
O preconceito pode ser transmitido de forma sutil, como lembra o pediatra de Porto Alegre Ricardo Halpern, presidente do Departamento Científico de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Mãe e filha estão de mãos dadas, por exemplo, e, ao cruzarem um homem negro, a mão da criança é apertada com um pouco mais de força. Outra situação: pai ou mãe se encontram com uma pessoa branca e outra negra. Beijam a primeira e não a segunda. É o suficiente para que a antena parabólica da criança capte os sinais."
Fora isso, não passa despercebido pelas crianças o fato de negros normalmente ocuparem profissões subvalorizadas, de as bonecas mais badaladas e as princesas dos contos de fada serem loiras e de olhos azuis e de todas as modelos famosas serem magérrimas.
Parte natural do crescimento
Mas não é unânime a idéia de que o preconceito na infância esteja necessária e exclusivamente ligado a um exemplo negativo dentro ou fora de casa. Uma linha da psicanálise (kleiniana) relaciona atitudes preconceituosas nos pequenos com estruturas emocionais inatas, como o medo, a agressividade e a incapacidade de elaborar um conceito. O preconceito é visto como parte do crescimento e só irá permanecer se encontrar eco no universo da criança. Numa elaboração mais filosófica, o preconceito na sociedade poderia ser considerado algo infantil, como se fosse uma criança não trabalhada.

"A criança pequena está inundada por novos estímulos e sensações que desconhece. Vive momentos de angústia e pode colocar isso para fora com um xingamento ou um palavrão, que escutou de um adulto. Seu mundo interno é formado por idas e vindas, e a personalidade vai se formando", explica a psicanalista infantil Anne Lise Silveira Scappaticci, pesquisadora da Unifesp.
Segundo ela, uma atitude preconceituosa na infância também pode estar ligada à descoberta dos limites. "Quando uma criança de três, quatro anos diz que a babá é preta e feia, ela também quer ver a reação dos pais e da própria babá. É um teste de limites, uma busca para saber o que é certo e errado."
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Calcula-se que até os seis anos de idade quase metade
das crianças já teve atitudes preconceituosas, de acordo
com a Anti-Defamation League (liga antidifamação), dos EUA
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Como agir?
Como tudo relacionado à educação dos filhos, não há uma receita pronta para pais que enfrentam uma situação de preconceito com suas crianças, sendo elas vítimas ou agressoras.

Muitas vezes, um incidente presenciado pelos pais ou professores é só a ponta do iceberg. Diante da complexidade do assunto, é preciso tentar entender ao máximo o que se passa na cabecinha dos filhos. "Partir direto para uma censura forte pode não ser a solução, porque a criança se intimida, e os pais não conseguirão saber o que ela está pensando. É importante chamar para uma conversa e investigar que questões a levaram a ofender a outra pessoa. Deve-se olhar o fato de forma ampla", sugere o psiquiatra infantil Fernando Ramos.
Foi o que fizeram educadores de duas escolas de São Paulo, em que alunos sofriam em razão do preconceito. No Santo Américo, no Morumbi (zona sul de SP), onde a mensalidade gira em torno de R$ 2.000, Lucas*, 11, chegou chorando à sala do coordenador pedagógico, Cesar Pazinatto. Gordinho, contou que não havia sido escolhido pelos colegas para nenhuma equipe que disputaria as olimpíadas da escola. Segundo Pazinatto, o remédio não era o que parece óbvio: dar uma dura na turma por preconceito contra a obesidade. "Na defensiva, o Lucas acaba muitas vezes sendo agressivo com os colegas. Portanto, disse a ele que, claro, os meninos não estavam certos e que eu iria chamá-los para conversar, mas que deveríamos aproveitar para refletir sobre sua agressividade com os demais."
Na EMEF Chiquinha Rodrigues, escola municipal do Campo Belo (zona sul de SP), a mãe de uma aluna chegou chorando na sala da diretora Márcia Quintino Costa. Ex-presidiária por tráfico de drogas, ela passou a recolher papelão com uma carroça e reclamava que os colegas da filha, Gabriela*, 9, caçoavam da menina, chamando-a de carroceira. Depois de uma análise do caso, chegou-se à conclusão de que a própria menina se sentia incomodada com a nova função da mãe, até porque era obrigada a trabalhar com ela. Nesse caso, a solução também não se resumia a puxar a orelha da classe.
"Bullying"
Muitas escolas hoje, a exemplo do Santo Américo, debatem com os alunos a questão do "bullying", prática repetitiva de preconceito contra uma determinada criança. "É preciso estar muito atento porque, muitas vezes, os xingamentos são velados e acontecem longe dos olhos dos educadores. Isso sem falar do 'bullying' praticado em sites de relacionamento, como o Orkut", lembra o coordenador pedagógico Cesar Pazinatto.

O preconceito entre crianças tem um forte potencial destrutivo para as vítimas, e pais e professores devem agir, segundo o pediatra Halpern. "As crianças podem se sentir segregadas, ter seus potenciais reduzidos e sérios problemas de auto-estima. A omissão de pais e professores pode reforçar o preconceito no grupo", acredita Halpern.
E nem sempre as vítimas chegarão em casa chorando e contando aos pais de que forma foram ofendidas. "Diante de uma intimidação, elas podem se calar. Por isso, os pais devem estar atentos a alterações emocionais e de comportamento", diz o psiquiatra Fernando Ramos.
Com os ofensores, é bom ser compreensivo, o que não significa permissivo, conforme ressalta a psicanalista Anne Lise Scappaticci. "Compreender não quer dizer deixar para lá, mas acolher aquela angústia e ensinar a criança a pensar sobre aquilo." E, que fique claro: mandar pedir desculpas nunca é demais.


Como a própria definição expõe, “preconceito” é uma idéia preconcebida, “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo, favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição” (Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais, 1995).

É impossível um ambiente de paz e união na sala de aula quando existe o preconceito, pois este ocasiona a discriminação, o tratamento desigual e desfavorável a respeito de um indivíduo ou de um grupo.

Uma criança se sente discriminada pela cor da pele, pelo cabelo, pelas roupas que usa ou pelo brinquedo que gosta, simplesmente porque alguém riu ou fez brincadeiras maldosas a respeito de seu estereótipo ou de seus gostos pessoais.
Por este motivo, o preconceito deve ser trabalhado desde os primeiros anos da criança.

A maioria das crianças tem uma visão preconceituosa por ação de uma declaração ou comentário feita por um adulto. É importante ter atenção ao que se fala diante de um infante, pois o mesmo internaliza e toma como verdadeiros os conceitos dos seus pais, professores, tios, pois é quem dá exemplos de ações para o pequeno.

Na escola há várias sugestões de brincadeiras e inserções pedagógicas diárias que podem ser feitas para trabalhar o respeito à diversidade.

O professor pode contar histórias que apresentam personagens negros ou índios; fazer teatrinho de fantoches com bonecos de origem chinesa, africana, européia; colocar nomes originários de outros países nas personagens; promover uma aula sobre a cultura dos países ou de uma determinada raça; ver vídeos sobre outras culturas e raças.

Além disso, os alunos podem confeccionar bonecos negros, brancos, asiáticos na aula de artes. O educador pode ainda propor uma aula de culinária africana, por exemplo.
Há ainda outras formas de arte a serem exploradas além da confecção de bonecos: a música e os desenhos. Dançar uma música de outro país e expressar a visão de uma determinada cultura através de um desenho são formas de valorizar a identidade de cada um.

Outra sugestão é promover o abraço e o toque amigável em sala. O carinho vai aproximar os alunos e o toque vai despertar na criança a percepção de que nem todos são iguais, mas devem ser tratados igualmente.

È importante que o toque não ultrapasse a região da face, já que esta fase também é de descobertas e a criança pode querer ir além do limite estabelecido. Assim, ao tocar o cabelo, o nariz ou os olhos do colega, o infante perceberá que a diferença entre as pessoas é comum e não internalizará os conceitos discriminatórios existentes na sociedade.

Formando crianças livres de preconceitos
Dinâmicas para os primeiros anos do Ensino Fundamental
Editorial
As crianças não são naturalmente preconceituosas. Elas aprendem a ser com os adultos. Aproveite essa fase essencial da vida de todo ser humano, que é a infância, e valorize sentimentos e valores positivos que esses pequenos e especiais seres trazem em si.

Sugiro duas formas de iniciar o projeto: uma para alunos que ainda não dominam a escrita e outra para alunos com domínio da escrita.

Realizando o projeto com crianças da Educação Infantil e dos 1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental, pode-se começar a trabalhar o tema fazendo uma dinâmica.

1- Dinâmica das flores: leve flores de diferentes cores e formas para a classe e deixe que cada aluno escolha uma. Depois, pergunte o que chamou a atenção deles para escolher aquela flor. Peça-lhes que percebam as diferentes cores, o perfume, a textura, as diferentes formas. Chame sua atenção para o fato de as flores serem diferentes e nem por isso menos belas e apreciadas. Em seguida, peça que olhem uns para os outros. Assim como as flores, cada um é diferente, mas não menos importante. Muitas coisas variam: cor e tipo de cabelo, formato e cor dos olhos, tamanho do nariz, altura, cor da pele, etc.

2- Dinâmica das cores: leve um aparelho de som para a classe e coloque uma música suave. Espalhe vários lápis ou gizes de cera de várias cores sobre a mesa e peça para as crianças escolherem a cor que mais lhes agrada. Haverá cores iguais e cores diferentes. Converse com elas sobre como seria o mundo se tudo fosse de uma só cor — azul, por exemplo. E se tudo fosse amarelo? Ou vermelho? Será que elas comeriam uma banana azul? Ou um morango cinza? Sim? Não? Por quê? Pode-se debater se é bom haver cores diferentes e o porquê.

Depois, peça que olhem uns para os outros. Assim como as cores, cada um é diferente. Muitas coisas variam: cor e tipo de cabelo, formato e cor dos olhos, tamanho do nariz, altura, cor da pele. Pergunte que cor de lápis ou giz é mais parecido com a cor da pele de cada um. (Caso algum aluno diga que sua cor é “feia”, procure fazê-lo se sentir valorizado. Esse momento será propício para melhorar a autoestima dessa criança.)

Dinâmicas para os Próximos Anos do Ensino Fundamental

Começando com jovens do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, o projeto é,basicamente, trocar ideias, debater e discutir para se chegar a uma mudança de atitude.

1- Discutindo preconceito de gênero/sexismo

2- Discutindo as diferenças (porte de deficiência, obesidade, etc.)

3- Discutindo preconceito racial e étnico


1- Discutindo preconceito de gênero/sexismo


Questione os alunos: “Menino brinca de boneca?”. Peça, previamente, aos alunos para trazerem, de casa, figuras de diversosprofissionais.
Sente-se em roda com eles e analise as figuras.
Que profissões são mais retratadas? Essas profissões estão mais ligadas a homens ou a mulheres? Há profissões predominantemente masculinas ou femininas? Por quê? Faça cartazes com frases comumente ouvidas, como, por exemplo: “Menino não chora”, “Esta brincadeira não é para meninas”, “Menino não usa cor-de-rosa”, “Menina é mais frágil que menino”, “Menina não senta de perna aberta”, “Menino não deve dançar balé”, etc. Mostre os cartazes aos alunos e pergunte que outras frases eles já ouviram.
Questione por que dizem que meninos e meninas não podem fazer tais coisas. Quem determinou isso? Se possível, traga gravuras que mostrem o contrário do que está escrito nos cartazes. Peça que as crianças levem histórias em quadrinhos para a sala de aula (Turma da Mônica, Walt Disney, etc.).
Leia as histórias com eles e chame sua atenção para o papel que é reservado às meninas (São sempre as fofoqueiras? São choronas? São consideradas frágeis?).
E os meninos, como são retratados (ativos, líderes, espertos)? Leia com eles alguns contos de fadas e analise o papel das mulheres (princesas esperando serem salvas, cuja realização é casar e ser feliz para sempre).

Peça-lhes que reescrevam um conto de fadas, invertendo os papéis masculinos e femininos. Se possível, dramatize o novo conto de fadas com a inversão de papéis.

2- Discutindo as diferenças (porte de deficiência, obesidade, etc.)


Alunos portadores de deficiência (física ou mental), alunos obesos, de baixa estatura ou que usam óculos, enfim, que possuem características físicas que chamam a atenção, também costumam sofrer algum tipo de discriminação e, comumente, são alvo de piadas e comentários geralmente ofensivos por parte dos colegas e de alguns adultos. Veja, abaixo, algumas atividades para trabalhar esse tema:

• Montar um mural com personalidades que apresentem características físicas que fogem aos padrões e questionar o conceito de feio e bonito.

• Promover a leitura de livros que abordem a temática do preconceito.

• Fazer dramatização dos livros lidos.

• Organizar a turma em grupos e encarregar cada um de elaborar uma história sobre uma criança com uma característica física ou mental especial. Terminadas as histórias, organizá-las em um livro e, se possível, providenciar uma cópia para cada aluno.

• Montar, na sala de aula, um mural onde a criança possa desabafar. Se, durante o dia, alguém disser algo que a ofenda ou magoe, ela escreve o que aconteceu e quem foi o autor e deixa ali uma mensagem de desagravo para o ofensor.

Acompanhe o teor do que aparece escrito e converse com os conflitantes. Esse tipo de atitude poderá ajudar caso você tenha alunos comumente alvo de discriminação (seja por raça, cor, tamanho, porte de alguma deficiência, etc.).

Editorial

3- Discutindo preconceito racial e étnico

Peça que cada aluno monte a sua história (e a da família), falando do brinquedo preferido, da comida de que mais gosta, da família, etc. Monte um livro com todas as histórias dos alunos e pergunte: “Como seria o mundo se todos fossem iguais?”.

Confecção de bonecos: é raro encontrar, no mercado, bonecas negras, orientais e indígenas, o que contribui para reforçar a exclusão das crianças desses grupos.

Se houver possibilidade, envolva mães, pais, parentes das crianças e confeccionem, juntos, marionetes e bonecos que representem pessoas negras. Evite estereótipos (por exemplo, negros sempre pobres ou sempre jogadores de futebol). Monte, com as crianças, um teatrinho em que haja personagens brancas, negras e amarelas em papéis de igual valor (evite dar sempre os papéis de destaque para alunos brancos).

Monte um mural com os personagens preferidos das crianças. Verifique se há algum negro ou oriental. Crie, com os alunos, personagens de diferentes etnias e envolva as crianças na elaboração de uma história em quadrinhos (HQ).

Aproveite o momento para trabalhar com a turma os diferentes povos que formaram a atual população brasileira. Qual a ascendência de cada um? Divida a classe em grupos e encarregue cada um de pesquisar um povo e sua contribuição para a formação da cultura brasileira: na língua, na alimentação, nos costumes, etc.

Depois de estudar os diferentes povos que colonizaram o Brasil e contribuíram para a formação do povo brasileiro, monte, com as crianças, uma feira das nações. Cada grupo pode usar trajes típicos, fazer performances, cantar, enfim, o que a sua criatividade sugerir. Se possível, envolva toda a comunidade escolar nessa feira, abrindo-a para a participação dos pais.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Receita de Como Fazer Feijão do dia-a-dia.



Receita de Como Fazer Feijão do dia-a-dia.

Receita de feijão. Tem prato mais presente na casa do brasileiro? Na companhia do arroz então é imbatível! Aprenda como fazer um feijão dos Deuses!
  • Tempo de preparo:
    Até 90 minutos
Ingredientes
Cenoura 
beterraba
  • - 500g de feijão
  • - 2l de água
  • - Sal a gosto
  • - Lingüiça calabresa a gosto
  • - Bacon a gosto
  • - 01 cebola média
  • - 10 dentes de alho (gosto muito de alho)
Receita de feijão. Tem prato mais presente na casa do brasileiro? Na companhia do arroz então é imbatível! E o que é melhor: o consumo em quantidades de média a alta de feijão está sendo associado à diminuição no desenvolvimento de doenças como o diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e até mesmo neoplasias (Fonte: Wikipédia).
Muita gente ainda sente dificuldade na hora de fazer feijão, principalmente pela necessidade de usar a temida panela de pressão (que realmente não é fácil). Mas vamos desmistificar este preparo:
Receita de Como Fazer Feijão
É sempre bom lembrar que embora não haja grandes alterações, essa receita de feijão segue uma regra geral. Dependendo do tipo e qualidade do grão um ou outro passo pode mudar, como por exemplo, o tempo que vai demorar a cozinhar. Peça dicas a cozinheiras da sua família sobre qual marca/tipo de feijão da sua região rende um bom caldo.
Vamos lá:
1. Pegue o pacote de feijão (500g). Despeje sobre uma mesa e remova as pedrinhas e grãos irregulares, estranhos etc.
2. Eu deixe de molho (com algumas gotinhas de limão) pelo menos de um dia para o outro; (deixar os grãos de molho garante um prato mais nutritivo e a redução de algumas substâncias que podem ser nocivas ao nosso organismo), e vou trocando a água umas 4 vezes, ate sair água roxa)

dizem que isso tira o ferro - é só colocar um prego-Brincadeira. Lave bem por pelo menos 5 vezes. Ou seja: lave e escorra repetidamente


3. A panela de pressão mais comum é a de 4,5l. Acrescente 2 litros de água e o feijão. Tenha sempre atenção para não encher demais a panela. Deixe cozinhar de 30 a 40 minutos (após começar a chiar). Desligue o fogo. Abra a panela (antes retire a pressão – siga nossas dicas de como usar a panela de pressão, cuidado com acidentes) e confira se está bem cozido. Aí varia de gosto, se você prefere o grão mais ou menos durinho. Caso seja necessário, acrescente água (de preferência água quente) e deixe cozinhar mais um pouco.
4. Caso vá congelar para consumir aos poucos, esta é a hora. Para preservar o sabor, só tempere o que for consumir.
Beleza, o feijão está cozido, agora faremos o caldo

O Caldo

Bom, agora que o feijão já está cozido. É hora de temperar e engrossar o caldo.
1. Aqueça o azeite numa panela, acrescente a cebola e o alho (picadinhos) para refogar. Acrescente o bacon e a lingüiça cortados em pedaços ao seu gosto.
2. Fatie 1 lingüiça calabresa e depois corte cada fatia em 4 pedaços.
3. Pegue outra panela, forre o fundo com azeite e leve para aquecer. Coloque a cebola e refogue mexendo por 1 minuto. Acrescente a lingüiça e continua mexendo por mais uns 2 minutos.
4. Aí coloque metade na panela da pressão que está com o feijão. Misturar e cozinhar mais um pouco em fogo baixo sem tampa, até engrossar o caldo. Uns 10 minutos mais ou menos. Misture o restante até engrossar tudo.
5. Para salgar – assim que colocar o tempero na panela e misturar ponha 1 colher de sopa rasa de sal. Misture e prove. Se achar que precisa de mais um pouco de sal coloque, mas sempre de pouco em pouco. Porque sal você põe, mas não tira de jeito maneira.
Vai dar feijão pacas! Dá pra comer no dia e congelar o resto na quantidade de porções que desejar.