quinta-feira, 12 de setembro de 2013

VASINHOS NA PAREDE

VASINHOS NA PAREDE

                     Acho lindo vasinhos na parede,dão um charme especial para aquele lugarzinho da casa meio sem graça,podem ser usado em area interior ou exterior,ficará lindo ,vamos ver algumas idéias ?



simples,bonito e barato


estes dedico a Tina dos blogs   sonhar  e realizar e meu cantinho na roça,uma pessoa muito especial.
tudo azul




lindos estes coloridos,agora imaginem sem os vasinhos que coisa sem graça



gaiolas,de enfeites mas sem passáros,só com vazinhos



estes chamam bastante atenção




ai na lateral da escada,também ficam lindos



                                                                                                           imagens tirada da net





 

 que passar por aqui,deixem seus comentários ficarei muito feliz.

Artigo do publicitário João Silva fala da importância do reconhecimento de Mãe Stella pela Academia de Letras da Bahia para o avanço no combate a discriminação racial , religiosa e social do Brasil.

Súrefú, mi Iyá!*


Ilustração: Cau Gomez
Por João Silva 
Hoje, dia 12 de setembro de 2013, é um dia muito especial para todos os baianos, sobretudo para a população negra deste Estado esmagadoramente afrodescendente, população tão maltratada, tão discriminada, sem oportunidade para trabalhar, estudar com dignidade, em pé de igualdade com os demais. É que logo mais à noite, Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxossi, toma posse na Academia de Letras da Bahia - representação literária máxima de nosso Estado. 
Nascida em 1925, garotinha negra, filha descendentes de escravos e portugueses que valorizavam a educação formal: ela graduou-se enfermeira. Já muito jovem foi iniciada no candomblé, com apenas catorze anos de idade. De lá para cá só espalhou generosidade, pelo Brasil e pelo mundo. Recebida e venerada em muitos países, respeitada 
por sua sabedoria, cultura e pelo jeito simples de ouvir e falar, sem nunca perder uma força que lhe acompanha desde que Oxóssi passou a cuidar de sua cabeça.
Isso se vê em seu comportamento de vanguarda, quebrando paradigmas, pensando o novo, nos surpreendendo a cada dia. Foi muito corajosa quando polemizou sobre os efeitos do sincretismo religioso, é que buscava delimitar o território da afro ascendência. Não fez por menos quando assumiu a defesa do meio ambiente, coerente com princípios que não separam o homem da natureza. São muitos os exemplos, seus artigos, publicados quinzenalmente nos jornais, estão cheios deles: falam aos jovens, falam de brincadeiras de criança, do respeito à sabedoria dos mais velhos. Temos orgulho desta jovem senhora, de sorriso franco e coração generoso que acolhe em sua casa, o Ilê Axé Opô Afonjá, todos que a procuram em busca de ajuda espiritual, sempre com muita simplicidade e sabedoria. 
O reconhecimento a Mãe Stella é a certeza de que podemos conviver em harmonia e com serenidade, de que podemos exercer nossa força, avançando com firmeza e cabeça erguida na consolidação de uma sociedade mais justa e mais igual para todos. 
Este momento exige que façamos uma profunda reflexão sobre o papel de cada um de nós na luta pela igualdade racial e justiça em uma sociedade tão injusta. Kaô Kabissilé! 
Hoje, quando Mãe Stella tomar assento na cadeira de número 33 cujo patrono é Castro Alves, o poeta dos escravos, os atabaques irão soar forte e os orixás irão dançar em todo o universo. Estarão lá, junto com ela, naquele prédio, na Avenida Joana Angélica em Nazaré. Além de seus filhos, nossos antepassados, minha avó Madá - Maria Madalena, meu Pai Diú – Dionísio, você, seus avós e todo cidadão baiano que vive e preserva a nossa cultura, que aprende diariamente a respeitar os mais velhos, cuidar de suas heranças e trabalhar na esperança de dias melhores para a população negra. 
Como publicitário posso afirmar que este fato vale mais que milhares de campanhas veiculadas em nome da afirmação da cultura negra, este momento vale mais que centenas de seminários, plenárias e eventos sociais. Este acontecimento abre as cortinas para que possamos ser vistos como verdadeiros protagonistas, respeitados pelo que somos e pelo que construímos ao longo de nossos caminhos, não como espectadores privilegiados de eventos que buscam falar com o próprio umbigo. 
Neste ato a sociedade está reconhecendo a vida, o trabalho e a história de uma Ialorixá, uma grande mulher que nos ensina diariamente para que sejamos melhores. Grande guardiã e sacerdotisa das tradições religiosas africanas em nossa terra. Uma grande brasileira e uma baiana muito retada! Vamos celebrar, colocar a rádio nagô nas ruas. Dizer aos quatro cantos da Bahia que nós também podemos, e que sonhamos como Luther King. Parabéns a Academia de Letras da Bahia pela escolha de uma Ialorixá para fazer parte do seleto grupo de autoridades que compõe esta nobre instituição. Esta atitude é a prova que a Bahia pode sim, reconhecer os seus, pode sim, valorizar a sua cultura e as personalidades que ajudam a inventar esta terra. Que Deus e os Orixás a protejam e a deem forças nessa sua caminhada. Viva a Bahia! Viva Mãe Stella de Oxossi!!! ÓKé Aró! 

*Abenção, minha Mãe!